Ronin: Os Atos de Michi, a Artesã

 

Ato 02

Rota: Você teve um Encontro na Estrada. Encontro: Criança carregando uma Naginata. Lutar.

Michi caminhava calmamente. O sol nasceu há pouco e ela aproveitava o frescor da manhã. Atravessava uma plantação de arroz quando viu a criança com a Naginata. Vem ao seu encontro arrastando a lança pela estrada de terra batida. Não deve ter mais do que 10 anos e está visivelmente abalada.

Ao perceber a presença da ronin ele estacou e puxou a naginata tentando um arremedo do que seria uma postura de luta. Seus olhos faiscaram ao olhar para Michi.

- Porque você matou minha família?! – a voz tremula entra o choro e a raiva.

- Eu não sei do que você está falando criança! Nunca te vi, muito menos sua família.

- Calada! – ele gritou a plenos pulmões, furioso – Vou vingar minha família!

- Hum?! Se está tão decidido, serei sua oponente! – Michi procurou a espada mas, no ultimo instante, pegou a tonfa – Não vá lamentar depois, moleque! Venha?!

O menino avançou gritando com fúria.

“Pelo menos tem coragem”, Michi pensou antes de se desviar da carga do garoto e golpear a lança com a lança. A força do golpe fez com que o menino derrubasse a arma e caísse ao tropeçar nela.

E assim ele permaneceu, deitado na estrada, com o rosto enfiado na poeira. Michi começou a se preocupar: será que tinha machucado o garoto? Machucá-lo, nunca foi sua intenção. Quando ela levou a mão para ver se ele estava bem o garoto subitamente sentou e começou a chorar espalhafatosamente.

- Ouça garoto... – Michi começou a dizer assim que conseguiu que ele parasse de chorar – Se você quer realmente vingar sua família volte para casa e comece a treinar. Treine todo dia, do nascer ao por do sol durante dez anos, e então poderá desafiar o assassino de seus pais. Tome!

Michi ofereceu um dos pãezinhos com recheio de carne de porco que trazia. O menino aceitou e começou a comer com voracidade. Michi se levantou, bateu a poeira, tencionando seguir seu caminho.

- Tenha paciência jovem vingador – ela ajeitou as espadas – A vingança há de chegar, no momento certo!

- Obrigado, senhora ronin! – ele gritou quando ela já o deixava para trás.

Ela não precisava virar para saber que ele se levantou pegou a naginata de seu falecido pai e correu para casa. Michi esperava que em dez anos ele esquecesse aquela história de vingança e construísse uma vida feliz. Somente assim ele honraria a memória de sua família.

 


 Continua...

2 comentários: