No desenvolvimento de
várias culturas, o marcar das horas sempre teve profunda importância em suas
vidas.
Através da mudança
dos dias, das estações e dos anos foi possível determinar os ciclos da natureza
e por fim do universo.
Em Tagmar, assim como
na Terra, observam-se variações periódicas do tempo. A alternância entre dia e
noite, e o ciclo das estações, verão, outono, inverno e primavera são os
grandes exemplos disso. Como esses fatores interferem diretamente nas
atividades cotidianas das civilizações e servem como referência da passagem do tempo,
foram adotados como critérios para tentar padronizar essas medidas.
Nos arquivos
armazenados nas profundezas do Templo de Palier, em Saravossa, encontram-se
textos datados do início do terceiro ciclo relacionados à instituição do
calendário dos Moldas, que posteriormente foi adotado universalmente nos reinos
conhecidos na época do Mais Sábio, da mesma maneira que ocorreu com o malês.
Naturalmente, é
possível, (e até provável,) que os povos élficos mais conservadores e os Anões
de Blur tenham outro método de contar o tempo. Estes últimos talvez nem
utilizem a luz do sol para isso, visto que vivem sob as montanhas.
- Calendário
O calendário de
Tagmar, segundo consta nos alfarrábios de Saravossa, é composto por doze meses
de trinta dias. Cada mês sendo dedicado originalmente a um Deus. Acredita-se
que houve grande participação de um conselho de representantes de várias
igrejas para a aprovação desse calendário. Ao final dos doze meses, há um dia
extra, destinado ao culto a Cruine, sendo este um momento de transição (fim de
um ano e começo de outro).
As semanas são
compostas por sete dias, e são definidas pelas fases da principal lua de
Tagmar, Agmarin, da mesma forma como as fases da nossa lua terrestre. Os dias
da semana em alguns lugares são apenas numerados e em outros recebem nomes
locais, mas nos reinos setentrionais os nomes dos dias da semana vêm de
antigamente, dos primórdios do Reino da Moldânia, e são os seguintes:
- As Luas de Tagmar
Quanto aos satélites
naturais (luas) de Tagmar, cabe dizer que são três e merecem especial destaque
em relação aos demais astros observados na esfera celeste, pois são
determinantes para a contagem das semanas e estações do ano.
O primeiro deles, e
mais importante, é Agmarin. É o mais evidente no céu, apresenta coloração azul
brilhante e exibe ciclo de 28 dias, e. Cada uma de suas fases (nova,
crescente, minguante e cheia) é usada para determinar as semanas do calendário.
O segundo é Armina.
De coloração avermelhada, sua órbita é mais distante que a de Agmarin, sendo
menos evidente aos olhos tagmarianos. Seu ciclo é de 90 dias, coincidindo com
as estações do ano.
Vale notar que o início
do ano, no verão, corresponde ao primeiro dia da fase cheia dessa lua. Dessa
forma, o outono corresponde à fase minguante, o inverno à fase nova e a
primavera à fase crescente. Duas peculiaridades na órbita desse satélite
ocasionam um fenômeno curioso e importantíssimo para a cultura dos povos tagmarianos.
A primeira é uma leve
inclinação na órbita desse satélite em relação ao eixo de rotação do planeta,
levando à anteposição desse satélite em relação ao sol anualmente, a cada 361
dias, exatamente no dia de Cruine.
A segunda
peculiaridade trata-se de uma pequena distorção no trajeto de sua órbita,
fazendo com que exatamente nesse mesmo dia de Cruine o satélite perfaça um
trajeto um pouco mais longo, deixando a transição da fase crescente para a
cheia um dia mais comprida. Dessa maneira, o que ocorre é que o verão de cada
ano inicia sempre no 1.º dia da fase cheia de Armina.
O terceiro e menos
importante satélite tagmariano é Denégria. Menor, pouco evidente no céu e de
coloração palidamente amarelada, exibe órbita muito ampla e seu ciclo é de 361
dias, mudando de fase a cada ano.
A maioria da
população de Tagmar refere a lua de Agmarin como "A Lua", por ser a
maior e mais evidente das três luas. Desta forma, frequentemente quando alguém
se refere a lua sem dizer qual, então está se referindo a Agmarin.
Fonte: Tagmar II - Livro
de Ambientação
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